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Área em construção. Caso alguém possua algum material sobre alguma espécie listada abaixo, favor me enviar por e-mail(ademarmoj@gmail.com). Postarei os devidos créditos.
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segunda-feira, 28 de março de 2011

Bothrops atrox (Linnaeus, 1758)


Foto: Otávio Marques

Foto: Paulo Bernarde


É uma serpente de hábito terrícola, sendo a jararaca mais encontrada na região Amazônica. Seu habitat varia entre matas, locais inundados e pequenos portes de mata.


Abaixo segue o link para um trabalho muito bom sobre a espécie.

*Uso de habitat, atividade e comportamento da Bothrops atrox

Uso do hábitat, atividade e comportamento de Bothriopsis bilineatus e de
Bothrops atrox (Serpentes: Viperidae) na floresta do Rio Moa, Acre, Brasil
Luiz Carlos Batista Turci1, Saymon de Albuquerque1,
Paulo Sérgio Bernarde2, 3 & Daniele Bazzo Miranda1
1Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais,
Universidade Federal do Acre – UFAC,

Corallus cropanii (Hoge, 1953)




A serpente Corallus cropanii apresenta distribuição geográfica restrita ao estado de São Paulo, nos municípios de Miracatu, Pedro de Toledo e Santos, na Mata Atlântica.

Alcança 1,28 m, possui fossetas labiais profundas, pupilas verticais e dentição áglifa (Hoge 1953). Um exemplar coletado estava em uma árvore a 1,5 m do chão, seu conteúdo estomacal continha um marsupial Metachirus nudicaudatus.

Há apenas quatro exemplares conhecidos no mundo: três na coleção do Butantã e uma, que foi doada para o Museu Americano de História Natural, em Nova York.

Por sorte, um dos exemplares do Butantã estava emprestado para um pesquisador do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. Os outros dois, provavelmente, queimaram. "Essa escapou por pouco", diz o biólogo Marcelo Duarte, do Laboratório de Herpetologia do Butantã. "Foi muita sorte mesmo."

Duarte se lembra de quando um cortador de banana da região de Eldorado, no litoral sul de São Paulo, chegou ao instituto com uma Corallus cropanii nas mãos, em 2003. O bicho estava congelado, porque tinha ficado uma semana num freezer. O trabalhador matara o animal no mato e planejava fazer um cinto com ele. Mas seu patrão percebeu que não era um bicho comum e ordenou que o levasse para o Butantã. Em vez de virar cinto, a cobra morta a pauladas virou um dos espécimes mais raros do acervo do instituto.

"O bicho foi descongelando, todo mundo ficou olhando, e, quando percebemos que era uma Corallus cropanii, ninguém acreditou", conta Duarte.


Fontes: * http://pt.wikipedia.org/wiki/Corallus_cropanii
* http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100523/not_imp555360,0.php

sexta-feira, 25 de março de 2011

Corallus hortulanus (Linnaeus, 1758)





A suaçubóia é uma serpente do mesmo grupo das famosas sucuri e jibóia: a família Boidae. Seu nome comum tem origem indígena: suaçu (veado) + bóia (cobra) = cobra-de-veado ou cobra-veadeira.

Amplamente distribuída na América do Sul, habita principalmente florestas, podendo também ser encontrada em áreas alteradas pela ação do homem (áreas antropizadas). No Brasil, a suaçubóia ocorre na Amazônia, Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. Possui corpo esguio e atinge em média 1,5 metro de comprimento, ao contrário de suas “primas” jibóia e sucuri, que alcançam maiores tamanhos e são mais robustas.

Habitos e alimentação

De hábito arborícola (embora eventualmente desça ao chão) e atividade noturna, a suaçubóia tem alimentação variada, que consiste em lagartos, rãs, pererecas, pequenos mamíferos (roedores e cuícas), pequenas aves, e até morcegos. A suaçubóia parece utilizar duas estratégias para caçar suas presas: a busca ativa e a espreita. Na busca ativa, a serpente percorre o ambiente à procura de alimento, enquanto que na espreita ela permanece imóvele camuflada, à espera de uma presa em potencial que cruze o seu caminho.

Florestas compõem o principal hábitat da suaçubóia.

A suaçubóia possui estruturas especiais ao longo das escamas da boca, chamadas fossetas labiais, que auxiliam na busca por alimento. As fossetas labiais são órgãos termossensitivos, capazes de perceber a presença de fontes de calor próximas. Desta forma, mesmo estando sob a escuridão total, a suaçubóia percebe um rato que esteja por perto, devido ao calor do corpo do pequeno roedor, que é captado pelas fossetas.

A suaçubóia é uma serpente não-peçonhenta. Ao capturar uma presa, enrodilha-se em torno dela (constrição) e aperta até causar sua morte por asfixia.

Reprodução

A gestação da suaçubóia ocorre do final do verão ao início do inverno. Vivípara, esta serpente dá à luz de 3 a 24 filhotes no final da estação chuvosa). Uma adaptação evolutiva interessante desta espécie está no fato de os ovários da fêmea ficarem dispostos de forma assimétrica no interior de seu corpo: o ovário direito tem posição anterior em relação ao ovário esquerdo. Tal característica minimiza a distenção do corpo durante a gravidez, permitindo que a serpente continue se enrodilhando e se deslocando por galhos e árvores sem problemas.

Jardineira

Uma característica marcante da suaçubóia está na enorme variedade natural de padrões de coloração presente na espécie, ao qual dá-se o nome de polimorfismo. Existem indivíduos de cores diversas como vermelho, amarelo e verde, além de alguns “malhados”, com coloração cinza e preto, por exemplo. Essa variedade de cores acabou influenciando no nome científico desta serpente. Segundo Linnaeus (também conhecido como Lineu ou Linné) em 1758, a cabeça da suaçubóia estudada por ele possuía manchas que lembravam um jardim! Daí a origem do epíteto específico hortulana (posteriormente modificado para hortulanus), que significa “de jardim” ou “jardineira”.


Henrique Caldeira Costa
Biólogo (CRBio 57322/04-D) e Mestrando em Biologia Animal
Museu de Zoologia João Moojen



Fonte: Museu de Zoologia João Moojen

Xenodon merremii



Algumas espécies do gênero Xenodon. A) Xenodon meremii. B) Xenodon neuwiedii. C) Xenodon pulcher



Foto: Ivan Sazima



Doze espécies de serpentes são atualmente agrupadas pelos cientistas no gênero Xenodon, que se distribui do México ao longo das Américas Central e do Sul, a leste dos Andes. No Brasil, nove espécies são registradas, e a boipeva-de-Merrem, Xenodon merremii, é uma delas. Esta serpente ocorre das Guianas à Argentina, em ambientes abertos, tanto naturais quanto alterados pela ação humana, estando presente em boa parte do território brasileiro.

A boipeva-de-Merrem é uma espécie não-peçonhenta (assim como a maioria das serpentes de nosso país), que atinge cerca de um metro de comprimento. Sua coloração geralmente apresenta tons amarelados, mas há grande variação (polimorfismo) ao longo de toda a área de ocorrência da espécie. Um detalhe importante é que os desenhos de suas escamas muitas vezes lembram os de serpentes peçonhentas como as jararacas e a cascavel, o que confunde o predador. A esta característica damos o nome de mimetismo.

Hábitos e alimentação

A boipeva-de-Merrem é uma espécie terrícola e de atividade diurna. Alimenta-se basicamente de anfíbios anuros, especialmente sapos (gênero Rhinella), sendo imune ao veneno produzido por eles. Como não possui peçonha nem realiza constrição (ato de se enrodilhar em torno da presa, matando-a por asfixia), a boipeva-de-Merrem simplesmente devora seu alimento vivo!

O nome Xenodon significa em grego “dentes estranhos”, provavelmente uma referência aos dentes alongados que essas serpentes possuem no fundo da boca. Como as espécies de Xenodon não são peçonhentas, esses dentes grandes não são usados para inocular veneno, mas acredita-se que tenham outra importante função: perfurar pulmões! Quando estão ameaçados, os sapos inflam seus pulmões com ar, parecendo maiores do que realmente são e ficando mais difíceis de serem engolidos. Os longos dentes posteriores das Xenodon parecem então ser usados para perfurar os pulmões dos anfíbios.

A boipeva-de-Merrem e as demais Xenodon possuem um comportamento defensivo em comum, também presente em alguns outros grupos de serpentes: quando ameaçadas, achatam o corpo contra o solo, o que as faz parecer maior do que realmente são, intimidando possíveis predadores. É esta a origem do nome “boipeva”, que na língua tupi significa “cobra-chata”. É por isto também que em alguns locais, Xenodon merremii é conhecida por nomes como “cobra-achatadeira”, “cobra-correia” e “cobra-tapete”.

Apesar de não ser peçonhenta, Xenodon merremii é uma serpente relativamente agressiva, que pode desferir botes e morder, o que assusta as pessoas. Esta espécie também costuma escancarar a boca quando se sente ameaçada, intimidando seus agressores. Este comportamento a leva a ser temida por muitas pessoas, que creem (erroneamente) se tratar de uma serpente perigosa, dando-lhe nomes como “capitão-do-campo” e “capitão-do-mato”.

Reprodução

Estudos conduzidos com populações do nordeste, sudeste e sul do Brasil indicam que a reprodução de Xenodon merremii aparentemente varia ao longo de sua ampla distribuição. No nordeste e sudeste, o ciclo reprodutivo se estende do outono à primavera, enquanto que no sul, vai do fim do inverno ao fim da primavera ou início do verão. As fêmeas podem colocar de 4 a 44 ovos.


Henrique Caldeira Costa
Biólogo (CRBio 57322/04-D) e Mestrando em Biologia Animal
Museu de Zoologia João Moojen




Fonte: Museu de Zoologia João Moojen

Bothriopsis bilineata (Wied, 1825)

Foto: Paulo Bernade


Foto: Ivan Sazima


Serpente de hábito arborícola, de hábitos alimentares generalista, típica da floresta amazônica, mata atlântica (extremamente rara) e recentemente descoberta em uma área no estado de Minas Gerais.



Fontes:*Registro da b. bilineata em MG
*Uso de habitat, atividade e comportamento da Bothriopsis bilineatus, Luiz Carlos Batista e outros

quarta-feira, 23 de março de 2011

Anilius scytale (Linnaeus, 1758)

Foto: Paulo Bernarde


Foto: Otávio Marques


A Anilius scytale é uma cobra que mede cerca de 75 centímetros de comprimento, encontrada na bacia Amazônica do leste do Peru e Equador, no sul da Colômbia, no norte da Bolívia e do Brasil. Pode também ser encontrada na Guiana Francesa, Suriname e na Venezuela. Possui corpo cilíndrico, de diâmetro uniforme, com faixas em vermelho e preto distribuídas uniformemente pelo corpo ( mas sem faixas amarelas), sendo frequentemente chamada de falsa coral, não sendo, porém, venenosa. É escavadora, ovovivípara e tem olhos pequenos. O pulmão esquerdo é reduzido, dando mais lugar aos órgãos internos. Alimenta-se principalmente de vertebrados pequenos e alongados, como enguias (em certas regiões), anfisbenas, e outras cobras.

Anilius scytale, sendo que são reconhecidas duas subespécies: Anilius scytale scytale (Linnaeus, 1758) e Anilius scytale phelpsorum (Roze, 1958). Essa divisão em duas subespécies é baseada na contagem e no comprimento das faixas pretas e vermelhas que possui pelo corpo.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Aniliidae

outras fontes para pesquisa:

O link abaixo tem uma abordagem mais científica:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, Sergio Morato de Carvalho e outros ( ver pg. 44